Feminista, não! 1

Um amigo me perguntou sobre o que eu achava de um desses textos engraçados sobre homens que a gente recebe na internet e comecei a pensar a respeito. Os homens sempre fizeram piadas sobre as mulheres e de um tempo para cá as mulheres vem fazendo em retaliação, vingancinhas mesmo.
Eu respondi que acho engraçado, são muito criativas, dou risada. É muito bom! Mas consigo sentir o ranso de vingança dos textos no meio do riso. Consigo ver machismo nas brincadeiras femininas.
O feminismo é um machismo ao contrário. Não sou feminista, sou feminina. Não gosto de machismo, não gosto de feminismo, não gosto de "ismos".

As mulheres há muito tempo, desde o "jogar -fora- de- sutiãs", que tentam se igualar aos homens, no trabalho, na vida sexual, no jeito de vestir... Houve avanços? Sim, enúmeros, mas houve perdas preciosas também. Houve e até conseguimos quebrar preconceitos e nos igualar a eles em tantas coisas importantes, mas em outros aspectos como o sexual por exemplo, pioramos. Foi e é um equívoco pensar que fazer o que eles fazem nessa área, muita coisa errada por sinal, nos seria prazeroso. Quebramos sempre a cara e nos nivelamos no vulgar. Achamos que peito é orgão sexual e nos recusamos a amamentar nossos filhos: Coloca silicone e pronto o prazer é garantido!

O que o comportamento do homem nos oferece de interessante e digno de ser até imitado ou mais do que isso, vivido, que é um aceitar a si mesmo inato, uma tanto de liberdade talvez, nós não conseguimos, somos prisioneiras de nós mesmas. Ficamos sempre com esse ar de vingança, de "se ele pode eu também posso" e no fundo, no fundo, nunca seremos iguais.

Acho que sou um pouco homem, sem machismos, mas com uma liberdade pulsante. Sou mulher, feminina, não feminista e adoro os homens.

Comentários

  1. Minha querida Rossana
    Tenho uma visão política a respeito da igualdade entre homens e mulheres que começa com as das relações de poder. O conceito de igualdade nos remete ao mundo grego. Lá os iguais eram iguais embora as mulheres, crianças, escravos e estrangeiros não fossem tão iguais assim. O mundo ocidental, conhecido pelo pensamento grego-romano, começa a mudar realmente a partir do século passado,quando as instituições privadas passam a ceder espaço ao que chamamos de Estado democrático. No Brasil tivemos duas interrupções (Estado Novo e Ditadura Militar),mas estamos avançando nestas conquistas. Quando estas conquistas "invadem" o mundo privado, percebo que o comportamento da maioria das mulheres tendem a uma postura autoritária e que nada contribui para a igualdade de direitos e deveres. Enfim, algumas mulheres procuram agir como Paulo Freire citou em Pedagogia do Oprimido: "o oprimido tende a imitar o opressor", talvez como auto afirmação. Lamentável

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