Aconteceu, aconteceu sim!
Deparei com assumidas mais tarde - sempre tão discretas! Uma até se interessou por mim na faculdade, mas eu, mais uma vez, desligada disso, não notei que ela era, apesar do jeito de vestir, pequenos detalhes de comportamento – só percebidos depois , não notei seu interesse. Gostava dela como colega e só. Ela se afastou de mim; eu não entendi, nem questionei, só depois fiquei sabendo do interesse dela, frustrado, por mim.
Talvez outras tenham se chegado, por interesse, mas eu não as vi. Absoluta falta de preconceito, pode ter certeza...
Minha praia sempre foi homem. Meninos - não pra brincar de igual, mas brincar de diferente... Tão bom !!!
Sabe que minha primeira paixão foi platônica? Só entendia o amor assim, tinha medo do perto. Às vezes fico pensando que eu tinha uma certa razão. A proximidade afasta as pessoas. A paixão só se mantem constante se a gente não chega perto - conhecer estraga, a convivência estraga.
Aí eu estava jogando voley - suja, suada, descabelada - de repente vi aquele olhar em cima de mim, olhar de homem. Não era adolescente, nem queria ser platônico. Eu parei de jogar, meus companheiros, não.
Olhei pra trás, não podia ser comigo.Numa fração de segundos, eu estava nua diante daquele homem - eu devia estar com 14 ou 15 anos, e ele 26 ou alguma coisa perto disso.
Frio na barriga, torpor, pânico - eu, descabelada, suja, sempre tão patinho feio; de repente, mulher, bonita, desejável, euzinha... mulher.
Forçadamente, transformei essa paixão em algo platônico - não o deixei aproximar - tremia de medo, insegurança, ansiedade, sei lá. Ele fez de tudo. Frequentava a casa de um vizinho, eram amigos. Passava horas olhando pra minha casa, passou a ir todos os dias, procurando-me com o olhar - era nosso segredo (nosso? o amigo dele é lógico, sabia). Passei a querer ficar bonita, provocante, mas deixar chegar junto... nunca!Uma noite, ele afastou-se como se estivesse indo embora, voltou-se e fez um sinal me chamando. Na minha casa todos já dormiam. A vizinhança,também. Gelei. Vertigem, calor, tudo ao mesmo tempo! Tentei sair do lugar, não consegui. Não fui.Essa loucura durou muito tempo. Ele era noivo, estava prestes a casar. Passou. O tempo. Nunca mais vi.
Fico olhando pra homens casados hoje. Alguns ostentam, não alianças, mas verdadeiros pneus nos dedos...Acho que é pra não esquecer que estão casados... Aliás, não é essa a função da tal da aliança?!
...
Deparei com assumidas mais tarde - sempre tão discretas! Uma até se interessou por mim na faculdade, mas eu, mais uma vez, desligada disso, não notei que ela era, apesar do jeito de vestir, pequenos detalhes de comportamento – só percebidos depois , não notei seu interesse. Gostava dela como colega e só. Ela se afastou de mim; eu não entendi, nem questionei, só depois fiquei sabendo do interesse dela, frustrado, por mim.
Talvez outras tenham se chegado, por interesse, mas eu não as vi. Absoluta falta de preconceito, pode ter certeza...
Minha praia sempre foi homem. Meninos - não pra brincar de igual, mas brincar de diferente... Tão bom !!!
Sabe que minha primeira paixão foi platônica? Só entendia o amor assim, tinha medo do perto. Às vezes fico pensando que eu tinha uma certa razão. A proximidade afasta as pessoas. A paixão só se mantem constante se a gente não chega perto - conhecer estraga, a convivência estraga.
Aí eu estava jogando voley - suja, suada, descabelada - de repente vi aquele olhar em cima de mim, olhar de homem. Não era adolescente, nem queria ser platônico. Eu parei de jogar, meus companheiros, não.
Olhei pra trás, não podia ser comigo.Numa fração de segundos, eu estava nua diante daquele homem - eu devia estar com 14 ou 15 anos, e ele 26 ou alguma coisa perto disso.
Frio na barriga, torpor, pânico - eu, descabelada, suja, sempre tão patinho feio; de repente, mulher, bonita, desejável, euzinha... mulher.
Forçadamente, transformei essa paixão em algo platônico - não o deixei aproximar - tremia de medo, insegurança, ansiedade, sei lá. Ele fez de tudo. Frequentava a casa de um vizinho, eram amigos. Passava horas olhando pra minha casa, passou a ir todos os dias, procurando-me com o olhar - era nosso segredo (nosso? o amigo dele é lógico, sabia). Passei a querer ficar bonita, provocante, mas deixar chegar junto... nunca!Uma noite, ele afastou-se como se estivesse indo embora, voltou-se e fez um sinal me chamando. Na minha casa todos já dormiam. A vizinhança,também. Gelei. Vertigem, calor, tudo ao mesmo tempo! Tentei sair do lugar, não consegui. Não fui.Essa loucura durou muito tempo. Ele era noivo, estava prestes a casar. Passou. O tempo. Nunca mais vi.
Fico olhando pra homens casados hoje. Alguns ostentam, não alianças, mas verdadeiros pneus nos dedos...Acho que é pra não esquecer que estão casados... Aliás, não é essa a função da tal da aliança?!
...
Comentários
Postar um comentário