Vamos pensar o casamento

O texto a seguir é de Regina Navarro Lins, sexóloga.

Você pensa que o amor sempre fez parte do casamento? Pelo contrário, isso é uma inovação recente. Na realidade, o casamento sempre foi considerado uma coisa muito séria para que nele entrasse qualquer tipo de emoção. Mas quando as pessoas passaram a buscar nesse tipo de vínculo realização afetiva e prazer sexual, a vida a dois passou a ser fonte de grande frustração.

O casamento obriga homens e mulheres a viver dentro de regras e normas estabelecidas, visando ao controle da liberdade de cada um. É na área afetiva e sexual que as limitações são mais claras. Você só deve amar uma única pessoa durante anos e somente com ela pode fazer sexo. É comum várias pessoas terem características que nos agradam e nos atraem sexualmente. Então, fica difícil cumprir essas exigências. O resultado é muita gente infeliz, sem prazer de viver, recorrendo ao Prozac e ao Lexotan.

Os casamentos só funcionaram bem quando os parceiros eram escolhidos pelas famílias, por interesses econômicos e políticos. Homens e mulheres casavam sabendo antecipadamente tudo o que os aguardava. Bastava o homem ser provedor e respeitar a família; a mulher ser boa mãe e cumpridora de seus deveres de esposa, estava tudo certo. Era um bom casamento, ninguém se decepcionava, e por isso não havia motivos para queixas, nem para separação.


Comentários

  1. Apesar de contundente, esse pensamento sobre a instituição casamento não invalida uniões duradouras e sólidas. Amar nunca pode ser exclusivo e sim inclusivo.
    Sempre pensei assim. Intuição e sentimento. Que tal expandir o Pensamento? Vamos lá!

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