“Hormônio do amor” pode prever a sociabilidade

Pode um único elemento ser responsável pela intimidade que sentimos na presença de outras pessoas? A ocitocina tem esse potencial e já está sendo chamada de “hormônio do amor” por alguns pesquisadores.
“Hormônio do amor” pode prever a sociabilidade
A substância tem diversas outras funções, claro, como influenciar no início da produção de leite durante o período de aleitamento, além de ser liberada durante o orgasmo sexual, aproximando ainda mais os parceiros. Bloquear a ocitocina pode levar fêmeas a rejeitar filhotes, e injetá-la em cobaias que não engravidaram faz que estas se disponham a adotar filhotes alheios.
Novas pesquisas publicadas no periódico Science mostram que a ocitocina tem um papel preponderante também na vida social. Pesquisadores da Universidade de Indiana, EUA, testaram drogas bloqueadoras em pássaros tidos como extremamente sociáveis (que não produzem ocitocina, mas um hormônio similar, a mesotocina).
O bloqueador fez que esses pássaros passassem a se relacionar cada vez menos com outros membros do grupo. Assim, a pesquisa dá novas pistas para a teoria de que a concentração de ocitocina no cérebro dos mamíferos define o quão sociáveis eles são, diz James Goodson, autor principal do artigo.
Alguns pesquisadores estão interessados em como a ocitocina pode influenciar as relações pessoais. No início deste ano, pesquisadores da Universidade de Zurique relataram que casais que tomaram doses do hormônio antes de discutir “questões sensíveis” se comunicaram melhor pelo olhar e usando uma linguagem corporal mais branda. Os níveis de estresse nesses casais também se mostraram menores. Se o envolvimento da ocitocina no comportamento social for comprovado, as pesquisas podem levar a um potencial tratamento do autismo, por exemplo.
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com informações da University of Indiana

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