Fé no seu taco

Esta semana li uma reportagem em uma dessas revistas femininas. Era deliciosa! Tratava da intimidade de um mega ator, que, mais do que fazer muito sucesso no cinema, possuía valores absolutamente encantadores. Não sei dizer se isso é “moderno”, mas o fato é que se definia como “homem de uma mulher só”.

Sim, era casado – e bem casado. Apesar de ser muito assediado, sabia-se dela. Da sua companheira para a qual corria a cada tempo livre, entre uma gravação e outra. Agora, vem o mais sensacional: as qualidades que ele mais admirava nela.
Falava da sua mulher com carinho e enaltecia o fato de ela ser honesta, engraçada, leal e determinada! Não é o máximo? Algumas páginas antes, havia alguns outros entrevistados – todos falando sobre seu desempenho na cama e sobre o que esperavam da “gata”… Hilariante. Mundos diferentes com necessidades diferentes.
Admiração
Enfim, esse texto de hoje e só para refletir sobre essa questão. O compromisso, o envolvimento, a certeza de que encontrou a companheira ou companheiro que admira. É complexo? Sim, complexo, difícil, às vezes parece impossível – mas acontece.
Acontece para aqueles que se permitem “sair da toca”, correr riscos, experimentar o novo. Dá sempre certo? Nem sempre. Por vezes, fazemos escolhas erradas. Enganamos-nos com o que estamos vendo ou vivendo. Iludimos-nos com o outro, sua graça, suas promessas. E, então, jogamos tudo fora.
Autoboicote
Esta semana, recebi alguns depoimentos e histórias que reforçam essa questão.
Depoimentos de homens e mulheres que viviam ou viveram algo parecido. Haviam encontrado o amor de suas vidas – e este, ao invés de dar amor de volta, devolvia com controle, ciúmes, desconfiança, desamor, cobranças e mais cobranças.
Afinal, o outro estava sempre disponível  porque assim queria…  Só tem uma explicação: será que fazemos isso para nos boicotar? Será que temos tanto medo do outro, da relação, de dar certo, que colocamos tudo a perder? Não será isso uma questão de autopercepção?
Questionamentos
Por que se não compreendermos que podemos ser amados, o outro também vai achar mais difícil, não acha?
Você tem uma história para contar? Perdeu seu grande amor por pura falta de crédito? Credito em você? No seu potencial? No que representa? O que faz com seu poder? Exerce, dá para outro? Joga embaixo do tapete? O que está fazendo com sua vida?
Esses são temas que deveríamos ter conosco todo o tempo. Todo o tempo que nos percebêssemos não acreditando no sonho, no nosso poder interno, no nosso “taco”.
O outro, afinal, fica com o que já temos… Ou seja, se vivemos nos achando aqueles, tudo bem, tudo lindo. Se vivermos nos achando uma “desgraceira”… Bem, e o que fica?
Enfim, espero que encontre a si mesmo. Que se encontre nas relações e que sim, possa também dar um crédito ao outro. A relação sempre agradece! Escolhas, sempre escolhas…

Sandra Maia via Yahoo! Colunistas

Comentários

  1. O problema que não confiamos no nosso taco e não deixamos o outro ser. É uma questão dificil de se resolver. A felicidade fica assim inatingível, pois o bom é estar sempre sofrendo...Que horror!

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