Por que gostamos tanto de fofoca?

E VOCÊ PERGUNTAR, NINGUÉM DIZ QUE GOSTA DE FOFOCA, MUITO MENOS DAQUELAS QUE DENIGREM A IMAGEM DE ALGUÉM. ISSO É O QUE DIZEM. DE ACORDO COM UM ESTUDO REALIZADO POR PESQUISADORES DA UNIVERSIDADE NORTHEASTERN, NOS EUA, A FOFOCA NEGATIVA DESPERTA O INTERESSE DE NOSSO CÉREBRO, INCONSCIENTEMENTE.
1066564 60279004 300x225 Por que gostamos tanto de fofoca?  “Geralmente, assumimos que o que você vê influencia como você se sente. Aqui está um caso em que o que você sente sobre alguém influencia como você vê”, diz a autora do estudo, Lisa Feldman Barrett.
Segundo a autora, o objetivo do estudo foi entender até que ponto os sentimentos podem mudar a percepção de alguém. “E uma das formas mais rápidas e potentes de mudar os sentimentos de alguém é a fofoca”, explica. Para chegar aos resultados, Lisa e sua equipe realizaram dois experimentos. No primeiro momento, os participantes viram rostos de desconhecidos com feições neutras emparelhados com fofocas negativas, positivas ou neutras.
Em seguida, os pesquisadores analisaram como os cérebros dos voluntários responderiam a diferentes tipos de informação. Eles fizeram isso mostrando duas imagens aleatórias – um rosto e uma casa, por exemplo – uma imagem para o olho esquerdo e outra para o olho direito. Estas imagens diferentes causam uma reação chamada rivalidade binocular. O cérebro humano só pode lidar com uma das imagens de cada vez. Por isso, inconscientemente, tende a focar e prolongar-se no que considera mais importante.
O resultado: os cérebros dos participantes eram mais propensos a fixar a visão nos rostos associados com fofocas negativas do que com a imagem aleatória ou as faces associadas a fofocas positivas ou neutras, ou outros rostos que não fizeram parte do estudo anterior.
Para a pesquisadora, os resultados são relevantes uma vez que as pessoas não enxergam o mundo através apenas de seus sentidos externos, mas seus sentimentos também influenciam o modo como vemos o mundo. “Isto sugere que, se o nosso cérebro decide inconscientemente o que vamos observar, nós não conseguimos ser realmente objetivos no que vemos”, explica Lisa.
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com informações da Northeastern University
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