Ai os hormônios!
Uma montanha-russa, um jogar-se no precipício. Nos acendem e nos levam pra bem alto e nos apagam quando mais queremos estar acesas. Bagunçam nossas vontades, mexem com nosso humor, e com nossa saúde, com nossa pele.Esquentam o corpo e nos preparam para a guerra... e para o prazer.
De um dia para o outro, transforma da menina que brincava a aquela que sangrava - sorvi todas as transformações como se fossem perfume: a mulher tem cheiro - e descobria assim, o meu próprio cheiro de mulher.
Os hormônios dirigiram meus olhos a outros olhos, ávidos pelo mesmo motivo. Estava eu criança em um segundo, mulher no outro. Rápido! veloz! E amor passou a ter cheiro também, temperatura, endereço, ter rosto. Meus homônios ferveram e me fizeram pulsar por baixo das roupas, embaixo daquele olhar.
E lá estão eles num beijo, nos beijos, nos olhares, na ânsia e no prazer de viver. Na descoberta do amor entre um homem e uma mulher. Doses enormes que me fizeram ver sem medo cada detalhe. Era a descoberta dos sentidos e bastava apenas ...Sentir, deixar o corpo crescer como quem se larga ao mar, boiando... frouxo... fitando o céu azul e sem saber para onde a água nos leva... mas também sentir tudo como quem tem fome, como quem tem sede - querendo ser saciado; Mas sentir sem medo e sem expectativas - talvez só uma expectativa: a do novo - tudo viria a seu tempo, a mim só bastava esperar.
E nos amadurecem.
E me fizeram ser mãe e alimentar as minhas crias, doando leite como quem doa... amor. Fizeram-me ter leite quando nem havia criança ainda.
Nos fazem chorar com e sem motivo, chorar além da conta; fazem-nos culpar a nós mesmas quando nem há razão para isso; fizeram-me brigar pelo certo e pelo que nem precisava, discutir pelo óbvio e pela ausência de dúvida...fizeram-me ciumenta, boba e impulsiva - tudo de repente, mas nunca por acaso.
Meus hormônios empurram-me agora, pra aventuras quando eu nem pensava mais nelas. Movimentam-me e me enchem de energia num pedalar de bicicleta, na velocidade, no esforço de um peso e num simples caminhar.
Percebo então, que eles não nos apagam - eles diminuem sim, com o tempo, mas sutilmente, podemos sentir que o nosso corpo apenas vibra de outra forma até a última chama de vida.
Ai meus hormônios - mágicos, preciosos!...
Rossana
Uma montanha-russa, um jogar-se no precipício. Nos acendem e nos levam pra bem alto e nos apagam quando mais queremos estar acesas. Bagunçam nossas vontades, mexem com nosso humor, e com nossa saúde, com nossa pele.Esquentam o corpo e nos preparam para a guerra... e para o prazer.
De um dia para o outro, transforma da menina que brincava a aquela que sangrava - sorvi todas as transformações como se fossem perfume: a mulher tem cheiro - e descobria assim, o meu próprio cheiro de mulher.
Os hormônios dirigiram meus olhos a outros olhos, ávidos pelo mesmo motivo. Estava eu criança em um segundo, mulher no outro. Rápido! veloz! E amor passou a ter cheiro também, temperatura, endereço, ter rosto. Meus homônios ferveram e me fizeram pulsar por baixo das roupas, embaixo daquele olhar.
E lá estão eles num beijo, nos beijos, nos olhares, na ânsia e no prazer de viver. Na descoberta do amor entre um homem e uma mulher. Doses enormes que me fizeram ver sem medo cada detalhe. Era a descoberta dos sentidos e bastava apenas ...Sentir, deixar o corpo crescer como quem se larga ao mar, boiando... frouxo... fitando o céu azul e sem saber para onde a água nos leva... mas também sentir tudo como quem tem fome, como quem tem sede - querendo ser saciado; Mas sentir sem medo e sem expectativas - talvez só uma expectativa: a do novo - tudo viria a seu tempo, a mim só bastava esperar.
E nos amadurecem.
E me fizeram ser mãe e alimentar as minhas crias, doando leite como quem doa... amor. Fizeram-me ter leite quando nem havia criança ainda.
Nos fazem chorar com e sem motivo, chorar além da conta; fazem-nos culpar a nós mesmas quando nem há razão para isso; fizeram-me brigar pelo certo e pelo que nem precisava, discutir pelo óbvio e pela ausência de dúvida...fizeram-me ciumenta, boba e impulsiva - tudo de repente, mas nunca por acaso.
Meus hormônios empurram-me agora, pra aventuras quando eu nem pensava mais nelas. Movimentam-me e me enchem de energia num pedalar de bicicleta, na velocidade, no esforço de um peso e num simples caminhar.
Percebo então, que eles não nos apagam - eles diminuem sim, com o tempo, mas sutilmente, podemos sentir que o nosso corpo apenas vibra de outra forma até a última chama de vida.
Ai meus hormônios - mágicos, preciosos!...
Rossana
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