Ali numa praça esperando, ansiosa e tranquila - sentimentos antagônicos depois do creme no corpo - a pele macia, os detalhes cuidadosamente checados - depois do vestido escolhido com cuidado, da maquiagem simples diante do espelho. O frio do começo do outono no rosto, dentro o calor, uma fogueira...
"Ah, lá vem ele!" timidamente sorrindo.
Um almoço e um sentimento de proximidade único e inequívoco.Importa falar muito ou sentir muito?
...E o que estava fazendo, e a vida, as coisas simples e uma vontade de beijar a alma!!! e mostrar fotografias e o almoço esfriando, mas os minutos a serem aproveitados e o som a cortar o silêncio do passado. Mas como era bom estar ali e poder finalmente falar! falar como gente grande, dizer o que se pensa, ouvir e entender o outro!
Tudo importa, sentir o calor, sentir o som do outro - tudo importa!
Levantou-se em busca do presente dele dentro da bolsa. Sentado, a acompanha com o olhar de quem olha pra uma criança feliz.
Entregou-lhe a pequena caixa - melhor seria um outro, um chicote talvez, que a punisse pelo pecado de existir. Ele nega e sorri daquela frase que seria um reclame do tempo perdido.
Olhando tudo com satisfação e timidez, um olhar azul brilhante: inclina-se e a beija e levanta-se e a puxa para perto de si - pegando firme pela cintura, pelos quadris, a prende contra seu corpo -o beijo e a procura do cheiro um do outro. Apressados, roupas jogadas, entreolham-se carinhosamente, beijam-se, amam-se. Tocam-se e se fazem felizes.
"Te vejo depois. Te ligo."
Rossana
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