...onde o vento toca

Languidamente..  o corpo não comandava as vontades..  deitada, as janelas abertas.. o sol e o vento a penetrar aquele seu corpo tão belo..
Uma vontade de ficar ali, sem se mover..ou melhor a deixar-se mover assim tão lentamente.. tão languidamente ..
Imaginava... enquanto seus movimentos seguiam a vontade do vento.. o corpo nu.. sem cobertas.. o vento a tocar-lhe o corpo.. imaginava no vento, a mão daquele homem ainda desconhecido...
E ele, o vento, a tocava onde gostaria de ser tocada... e a tocava da maneira que desejava ser tocada.. e seu corpo pedia mais e mais... languidamente mais...
O vento era as mãos do desconhecido.. era também uma música em seus ouvidos... era um ritimo que guiava seus movimentos.. extremamente erótica se contemplava no espelho em frente a sua cama...
Um leito de amor.. fazia amor consigo mesma...o corpo a pedir-lhe mais ... e o vento, aquele homem ainda desconhecido, a guiava .. e o vento, aquela musica em seus ouvidos, lhe dava o ritmo daquele amor que descobria nascer naquela manhã, nua, branca e lânguida ...com todas as janelas abertas e o vento e o sol a lhe penetrar ..pelo seu desejo, pelo seu corpo pronto para amar.
Rossana

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